Queridos leitores, o blog passou pelo Blogspot, site da Editora Abril, WordPress, Portal O Tempo, mas para facilitar, eu reuni tudo num único endereço e espero a visita de vocês lá: http://www.meujapao.com
Peço mil desculpas por mudar de endereço mais uma vez, mas acredito que a mudança seja para melhor.
Acabei de estrear o blog no Portal O Tempo. É um grande portal de notícias de Belo Horizonte, a minha terrinha, e esta será uma oportunidade de mostrar o Meu Japão para muitas outras pessoas.
Espero que todos vocês, leitores antigos e novatos, me acompanhem! O endereço mudou, o blog não ; )
Na quarta-feira, acordei às 5:45h da manhã e não foi para trabalhar. Passei o dia no parque aquático chamado Tokyo Summerland ou Tôquiô samá-rando/東京サマーランド, na pronúcia japonesa.
Para evitar as piscinas superlotadas, que fazem sucesso no YouTube (veja aqui), esperei a última semana de agosto (mês de férias escolares e feriadão nacional) e descartei a possibilidade de me divertir no sábado ou no domingo. A quarta-feira foi proposital!
Amei o passeio! Bateu uma tristeza logo que cheguei lá porque o dia estava nublado, mas como dizia a previsão do tempo as nuvens sumiram e o sol apareceu depois do meio-dia. Que alívio!
Me senti realizada! Era um sonho nadar naquela piscina enoooorme, com água corrente. E é realmente uma delícia, como imaginei! A gente senta numa bóia enorme e deixa a “correnteza” nos levar. Até brinquei com a minha amiga: para mim, felicidade é isso! Ela também estava feliz da vida lá na piscina.
Mas o parque tem muitas outras atrações. É um paraíso para as crianças e para os marmanjos que gostam de água como eu. São várias piscinas. Algumas, climatizadas e até com ondas!
Confesso que prefiro nadar ao ar livre, mas a ideia de me sentir no verão em pleno inverno (quando ele chegar) me parece interessante.
Tem ainda piscina de água quente, bem quente. Como as termas, chamadas por aqui de onsen. É legal dar uma passadinha lá, na saída, e foi o que eu e a Tereza fizemos. Essa sim estava lotaaaaada! Até tentei fotografar, mas o vapor deixou todas as fotos embaçadas, claro :p
A “verão-lândia” de Tóquio tem muito mais do que piscinas, toboáguas e cia. Uma montanha-russa, uma roda-gigante, um elevador de queda-livre e outros brinquedos menos radicais fazem parte das atrações. Nem ousei experimentá-los, pois esse tipo de adrenalina não é a minha praia.
Eu e a Tereza passamos tanto tempo na piscina dos nossos sonhos, que nos esquecemos de escorregar no toboágua. Quando não estámos na água, estávamos comendo: kebabusando (sanduíche turco), batata frita e kakigouri (já falei dele aqui).
Nem acredito que passei tanto tempo no Japão sem pegar uma piscininha. Aliás, uma “piscinona”. Se eu pudesse, iria todos os dias. Mas pelo horário que acordei dá para imaginar a distância que enfentei: três horas de trem (só de ida)!
Além disso, não é um passeio barato. A entrada (sem os brinquedos radicais) custa 3.500 ienes ou mais ou menos 37 dólares. Com os brinquedos, vai para 4.500 ienes/48 dólares.
De transporte, gastei mais 3.500 e mais uns 1.500/16 dólares ienes de comida. Para quem mora mais perto, como a Tereza (ela gastou 1:30h), obviamente ,o preço do transporte cai bastante.
E como tudo no Japão é diferente para os nossos olhos, reparei numas coisas curiosas:
1 – Tem estacionamento de bóias! Enquanto as pessoas vão brincar ou se banhar no onsen, elas deixam suas bóias na entrada. E ninguém pega a bóia dos outros.
2 – No banheiro, há chinelos públicos. Para a minha surpresa, os banheiros estavam sujos e fedidos (no Japão, isso não é tão comum. Quase sempre os banheiros públicos são limpos). E eu achei mais nojento ainda ter que usar aqueles chinelos. Claro que não usei, nem entrei descalça!
3 – Uma placa mostra para onde temos de correr em caso de relâmpagos e raios. Que meda!
4 – Estrangeiros eram raridade. Só vi uma família ruivinha e dois rapazes com cara de indianos.
5 – Naquele parque enooooorme, cheeeeeio de gente, eu era a única de biquíni tomara-que-caia. Tô achando que não tem no Japão…
6 – Pessoas tatuadas não podem entrar. Há placas enormes na entrada, em japonês e em inglês. No site oficial do parque também tem aviso. Quem desobedecer é convidado a se retirar e o dinheiro da entrada não é devolvido. Não importa se é uma tatuagem enorme ou uma delicadinha: no tattoo!
Detalhe: não tenho fotos maravilhosas, porque pensei mais na piscina do que no blog. Mil desculpas! Deixei de levar minha super Nikon e fotografei com a pobrezinha câmera do meu celular. Espero que me perdoem (^_^)v
A baixinha da seleção brasileira de vôlei é a Fabi, com 1, 69m.
Já as baixinhas do time japonês, Takeshita (à dir. na foto abaixo) e Sano, medem 1,59m!
Fora das quadras elas devem ser consideradas relativamente altas, pois são muitas as japonesas com pouco mais (ou até menos) de 1,50m de altura.
Taí (deu saudade do guaraná Taí! Hummm) uma diferença que não passa despercebida para os brasileiros no Japão. Elas são baixinhas sim. E eles também. É claro que existem muitas exceções, mas a regra vale para a maioria.
Altura ou “baixisse” à parte, temos de comemorar o octacampeonato da seleção brasileira. Vocês devem ter visto que a final do Grand Prix foi hoje, em Tóquio, contra as japonesas (^o^)/
Detalhe: a Takeshita é considerada uma das melhores jogadoras do Japão. Ela joga muito mesmo!
Detalhe 2: nada contra as baixinhas! É só para lembrar que não é preciso ser gigante para jogar vôlei e que, no Japão, as baixinhas têm ainda mais chances. Aliás, até as modelos aqui são mais baixas ; )
Para quem mora aqui não deve ser novidade, mas eu fiquei feliz de ver um pé de romã hoje. Nem me lembro da última vez que havia visto um, só sei que foi no Brasil.
Se colhi? Não. Aqui não dá para pegar uma fruta da árvore dos outros, mesmo quando os galhos estão para fora do muro. Ninguém faz isso e eu não seria mal educada de fazer.
A foto já me deixou satisfeita (^_^)v
Chegando em casa, corri para o dicionário português/japonês e aprendi mais duas palavrinhas: zakuro no mi ざくろの実 e zakuro no ki ざくろの木. Respectivamente, romã e ramãzeira ou pé de romã.
“A Boa Sorte de Dom Rodrigo” é o nome da radionovela produzida pela NHK em comemoração aos 400 anos de amizade entre o México e o Japão.
Foram dois capítulos de 15 minutos, transmitidos em ondas curtas (se não me engano na semana passada), e agora a novela está disponível no site da rádio, em português!
A história pode não ser (diretamente) nossa, mas isso não é motivo para deixarmos de conhecê-la.
Adorei ouvir uma radionovela – pela primeira vez, eu confesso – e saber que a amizade entre mexicanos e japoneses começou na praia que eu adoro: Onjuku, em Chiba (leia sobre esta praia aqui).
Agora entendi o que aquele cacto enorme com a placa Amigo Onjuku está fazendo lá. Tirei a foto acima em agosto de 2007.
Para ouvir a radionovela e ler o resumo da história em português, clique aqui.
Acordei hoje, às 5h da manhã, com a minha cama – aliás, futon – balançando levemente. Era o terremoto, que teve epicentro em Shizuoka, província bem longe da minha, Gunma (por isso, a balançada aqui foi leve).
Pelo que vi na TV, houve estragos materiais mas ninguém morreu ( 1 pessoa morreu) nem ficou gravemente ferido, “apenas” 49 cem pessoas tiverem ferimentos leves.
Terremoto no Japão não é novidade, eu sei. Porém, dá medo saber que este pode ter relação com o tal grande terremoto de Tokai. Já falei dele aqui no blog. É um terremoto esperado há anos pelos japoneses e deve ser forte o suficiente para causar uma verdadeira destruição.
Para entender melhor que terremoto seria esse, vale a pena (re)ver uma reportagem do Fantástico de 19 de agosto de 2007:
À espera do terremoto
Você vai ver como o Japão está se preparando para um terremoto devastador. Eles já sabem onde o tremor vai acontecer e a intensidade que vai ter. Só não sabem quando ele virá.
E leia sobre o terremoto de hoje aqui e aqui. Se quiser relembrar os posts sobre terremoto no Meu Japão, clique aqui e aqui.
Apesar do susto com o terremoto, o que causou um estrago no Japão ontem foi o TUFÃO 9. Saiu uma nota na BBC Brasil aqui. O Ewerthon fez um boletim para a rádio da BBC, mas quem quiser ouvir tem de clicar logo aqui porque não fica disponível para sempre lá.